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Hamas só liberta reféns se Israel sair por completo de Gaza

O Hamas informou que só aceitará a proposta de paz apresentada pelos Estados Unidos se Israel retirar, de imediato, as tropas de Gaza.

O plano de trégua, no entanto, não prevê essa condição na primeira fase, o que significa que o cessar-fogo e a libertação de reféns podem não ocorrer imediatamente. 

Estados Unidos

Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (12) que estão avaliando a resposta do Hamas à proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza apresentada por Washington. O movimento radical palestino pede o “fim total do conflito” e insiste que apenas aceitará a proposta de paz se Israel retirar, de imediato, as tropas do território.

Na noite dessa terça-feira, o Hamas disse ter transmitido aos mediadores do Catar e do Egito a resposta à proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza com algumas “emendas”.

Horas depois, Washington anunciou que recebeu a resposta do movimento palestino, que está em análise. 

“Não vou fornecer qualquer contexto ou detalhes sobre a resposta que acaba de chegar e que a nossa equipa está atualmente avaliando, como os nossos amigos no Catar e no Egito”, disse o porta-voz da Casa Branca, John Kirby.

Em comunicado conjunto, o Hamas e a Jihad Islâmica afirmam estar dispostos a “negociar de forma positiva para chegar a um acordo” e que sua prioridade é pôr um “fim total” à guerra, que dura mais de oito meses.

A resposta contém alguns “reparos” à proposta apresentada no final de maio pelo presidente norte-americano, “incluindo um calendário para um cessar-fogo permanente e a retirada total das tropas israelenses da Faixa de Gaza”.

O plano prevê, em primeira fase, um cessar-fogo de seis semanas, acompanhado de uma retirada israelense das áreas mais densamente povoadas de Gaza, da libertação de alguns reféns e de prisioneiros palestinos em Israel. Na segunda fase, o plano prevê o fim permanente das hostilidades e a libertação de todos os reféns.

Entretanto, os ministérios dos Negócios Estrangeiros do Catar e do Egito informaram, em comunicado conjunto, que analisam a resposta do Hamas e vão prosseguir os esforços de mediação, juntamente com os Estados Unidos, “até ser alcançado um acordo”.

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