Autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) condenaram veementemente nesta terça-feira (17) a explosão no Hospital Batista Al-Ahli, classificando o ocorrido como um ataque “em escala sem precedentes”.
Além de cuidar dos pacientes, o hospital também abrigou milhares de deslocados internos, ressaltou a OMS.
“Queremos expressar nossa mais profunda tristeza pelo horror que se desenrolou esta noite no hospital Al-Ahli”, disse o Dr. Richard Peeperkorn, representante da OMS para os territórios palestinos ocupados, em entrevista coletiva nesta terça.
“Este ataque não tem precedentes, mas a OMS tem visto ataques consistentes nas unidades de saúde no território palestiniano ocupado”, complementou.
A OMS ainda não tem números específicos de vítimas da explosão no hospital, mas afirmou que os relatos da área indicam número de mortos e feridos na casa das centenas.
“Estamos todos profundamente chocados com os acontecimentos que se desenrolaram em Gaza esta noite”, comentou o Dr. Mike Ryan, diretor-executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS. Ele acrescentou que a localização desses hospitais é “absolutamente clara”.
“A saúde não é um alvo. Nunca deve ser alvo de ninguém em conflito. Isso está consagrado no Direito Internacional Humanitário e estamos vendo isso ser violado repetidas vezes, novamente e novamente durante a última semana e isso tem que parar”, ponderou Ryan.