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Copa do Mundo tem desafio de ampliar visibilidade do futebol feminino

Marta recebeu a bola na ponta esquerda. Com uma meia-lua de calcanhar, deixou uma marcadora para trás, invadiu a área e cortou outra defensora antes de finalizar aquele que talvez seja seu gol mais bonito, na Copa do Mundo de 2007, quando o Brasil teve sua melhor campanha.

Você se lembra do adversário? A fase da competição em que o duelo ocorreu? O placar do jogo? Ou mesmo onde estava quando aconteceu o “golaço de gênio”, como definiu o narrador Luciano do Valle (1947-2014)?

Seria difícil encontrar um brasileiro, fanático ou não por futebol, que não teria essas respostas na ponta da língua se estivéssemos falando de momentos antológicos da seleção masculina ou mesmo de decepções, como o 7 a 1.

Mas há um abismo entre a visibilidade do futebol feminino e a do masculino.

É um dos motivos pelos quais a própria CBF (Confederação Brasileira de Futebol) lançou uma campanha batizada de #AcordaPraElas para incentivar as pessoas a acordar nas primeiras horas da manhã a partir desta quinta-feira (20) para acompanhar a Copa do Mundo feminina.

Disputada na Austrália e na Nova Zelândia, a competição tem o fuso horário da Oceania como obstáculo para atingir um grande público no Brasil, com partidas de madrugada ou nas primeiras horas da manhã brasileira.

O Brasil vai estrear às 8h (de Brasília) da próxima segunda-feira (24), contra o Panamá, e poderá ter jogos às 4h e às 5h ao longo de sua caminhada na busca pelo inédito troféu.

As partidas do torneio serão transmitidas pela TV Globo e pela Cazé TV, do streamer Casimiro. A emissora carioca promete exibir em TV aberta pelo menos sete partidas, incluindo todas do Brasil, e pelo menos uma de cada fase. O SporTV, também do Grupo Globo, transmitirá 34 jogos, e a CazéTV vai exibir todos os 64 confrontos.

“O Cazé representa, hoje, uma das maiores audiências em plataformas digitais em todo o mundo, e estar conectado junto a ele é importante para o crescimento do futebol feminino”, diz Ícaro Quinteiro, diretor de marketing do Esportes da Sorte, um dos 11 patrocinadores da transmissão da Cazé TV.

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