‘Dr. Apocalipse’ teme década de estagflação antes que IA salve a economia global

Mais acostumado a fazer comentários pessimistas, o economista Noureil Roubini, apelidado de “Dr. Doom”, mostrou-se entusiasmado com o impacto da IA na economia, pelo menos no longo prazo.

Roubini acredita que os avanços na inteligência artificial (IA) levarão a uma explosão na produtividade no longo prazo.

“Fala-se muito em inovação tecnológica, IA, aprendizado de máquina, robótica, automação, computação em nuvem, computação quântica e assim por diante (…), mas não vemos isso nos números gerais de produtividade. O crescimento da produtividade nos EUA foi de apenas 1%, um pouco menor. Daqui a dez anos, veremos um aumento significativo na produtividade? Estou bastante otimista”, disse o economista.

Entretanto, apesar do promissor impacto positivo da IA na economia, Roubini e outros especialistas alertaram sobre seus possíveis perigos.

“Acho que há defasagens significativas [no impacto da IA]. A ideia de que haverá um aumento no crescimento econômico nos próximos dois ou três anos por causa da IA e da tecnologia me parece um pouco exagerada”, disse Roubini.

De acordo com ele, “a médio e longo prazo, a tecnologia será deflacionária”, julgando que “poderemos enfrentar uma década de estagflação antes de vermos a luz brilhante da tecnologia e da IA aumentar o crescimento e reduzir a inflação”.

Por fim, vale a pena observar que, em uma análise recente, o Goldman Sachs Bank (NYSE:GS) estimou que a produtividade do trabalho nos EUA aumentará 1,5% em um período de dez anos após a adoção generalizada da IA generativa, e também previu que a tecnologia poderia aumentar o produto interno bruto (PIB) global anual em 7%.