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EUA deve evitar recessão, dizem economistas

Os gastos do consumidor americano levaram os economistas a elevarem suas projeções de crescimento do PIB até o início de 2024, e uma recessão grave é praticamente descartada.

A economia americana provavelmente se expandiu a uma taxa anualizada de 3,5% no terceiro trimestre, o crescimento mais rápido em quase dois anos, impulsionada pelos gastos das famílias. E embora o crescimento deva desacelerar nos dois trimestres seguintes, os economistas sondados na mais recente pesquisa mensal da Bloomberg aumentaram as suas estimativas.

Um mercado de trabalho ainda robusto continua a apoiar as despesas das famílias, apesar do peso dos elevados custos dos empréstimos e da inflação. As projeções de emprego para o próximo ano foram revisadas para cima, ajudando a explicar por que os economistas agora veem menos chance de uma recessão no próximo ano.

“Os gastos robustos dos consumidores têm sido o principal impulsionador, com as famílias interessadas em manter os seus estilos de vida, recorrendo às poupanças e aos empréstimos com cartões de crédito, enquanto a inflação continua a consumir o poder de compra”, disse James Knightley, economista-chefe internacional do ING.

Embora a previsão mediana indique que os economistas acham que o Federal Reserve já finalizou a alta de juros, eles também antecipam um ritmo mais lento de cortes de juros no próximo ano. Isso se deve em parte aos dados econômicos robustos, assim como a disparada recente das taxas dos Treasuries americanos, que causa um aperto nas condições financeiras.

O presidente do FedJerome Powell, disse em na quinta-feira que “mudanças persistentes nas condições financeiras podem ter implicações na trajetória da política monetária”.

Mas ainda há quem antecipe uma leve recessão.

“Apesar dos dados econômicas mais fortes, ainda esperamos que uma recessão moderada se desenvolva em 2024”, disse Kathy Bostjancic, economista-chefe da Nationwide Life Insurance. “O salto nos yields irá provocar uma desaceleração no emprego e no crescimento da renda que levará a uma retração nos gastos do consumidor.”

A pesquisa da Bloomberg foi realizada entre 13 e 18 de outubro e incluiu respostas de 74 economistas.

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