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‘Haddad não está nem aí para política; vamos bater de frente’, diz relator da desoneração após veto

Irritados com oveto integral do presidente Lula ao projeto que prorroga e amplia a desoneração da folha de pagamentos, parlamentares já se articulam pela derrubada do dispositivo no Congresso Nacional.

O foco da irritação está direcionado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que defendeu a inconstitucionalidade do benefício e minimizou a possibilidade de demissões. Haddad prometeu, no entanto, apresentar medidas alternativas aos segmentos afetados.

“O que estou notando é que Haddad não está nem aí para a questão política. Ele quer deixar o déficit zerado, então tudo que tiver de incentivo, se depender de Fernando Haddad, ele vai tentar cortar. Dane-se o resto”, afirmou ao Estadão o senador Angelo Coronel (PSD-BA), que relatou a proposta na Casa. Para o parlamentar, o governo precisaria fazer a lição de casa e reduzir as despesas públicas.

Segundo o senador, não adianta o Poder Executivo achar que é o “dono do Brasil”, porque há o contrapeso do Congresso. “Nós votamos a desoneração com uma margem folgadíssima nas duas Casas e ele (Haddad) pega e faz com que o presidente vete. Nós vamos bater de frente para derrubar, porque é um desrespeito ao Congresso”, afirmou.

Na Câmara, o texto foi aprovado em agosto, com 430 votos favoráveis e 17 contrários. Já no Senado, a aprovação se deu dois meses depois, em votação simbólica, que é quando o presidente da sessão pede aos parlamentares favoráveis à proposta que permaneçam como se encontram, cabendo aos contrários manifestarem-se. Ocorre, geralmente, quando há acordo para a votação.

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