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Lula aposta na economia para superar as dificuldades na política

É notória a dificuldade do governo para montar uma base parlamentar, sobretudo na Câmara, onde o presidente Lula conta com o apoio de apenas de 140 dos 513 deputados. Desde o início do terceiro mandato do petista, cada votação de projeto requer uma custosa negociação com partidos de centro, que cobram a liberação de emendas e a distribuição de cargos em troca de votos favoráveis à aprovação de propostas de interesse do Planalto.

Segundo um articulador político de Lula, dificilmente a lógica da negociação caso a caso mudará, já que as legendas de esquerda têm bancadas minoritárias na Casa. O que pode mudar, ele diz, é o preço dos acordos fechados para viabilizar as votações. O presidente e seus aliados avaliam que, se os indicadores econômicos continuarem a melhorar, como está ocorrendo, a aprovação ao governo aumentará e forçará deputados e senadores que hoje posam de independentes a se aproximarem do petista, exatamente como ocorreu em gestões anteriores.

Há otimismo no Palácio do Planalto sobre isso. Pesquisa Genial/Quaest divulgada na última quarta-feira, 21, mostrou que a aprovação ao governo chegou a 56%, ante 51% em abril, influenciada pela melhora das expectativas do eleitorado com os rumos da economia. Nas últimas semanas, a estimativa de inflação para 2023 foi revisada para baixo — e a de crescimento, para cima.  O sucesso do governo — e até da articulação política — passa pela economia.

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