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“Modo demônio”: Biógrafo revela como Elon Musk “faz coisas acontecerem”

Um “estado altamente produtivo”, mas “sombrio” e com uma “verdadeira falta de empatia”. É assim que Walter Isaacson, que está escrevendo de uma biografia de Elon Musk, descreve o “modo demônio” ao qual ao bilionário dono de Tesla e Twitter recorre para “fazer coisas acontecerem”.

As revelações foram feitas por Isaacson, que escreveu biografias de várias importantes figuras responsáveis pela inovação global, como Steve Jobs e Leonardo da Vinci, durante uma entrevista no Twitter Spaces.

Segundo Isaacson, o “modo demônio” foi batizado pela cantora Grimes, ex-namorada de Musk. Nas entrevistas para o livro, ela disse ao escritor que o bilionário pode se tornar “desagradável” quando atinge o estado altamente produtivo de trabalho.

Assim como outras figuras brilhantes sobre as quais escreveu, Isaacson diz que o bilionário tem um “senso de urgência maníaco” que pode assustar alguns de seus funcionários. Quando alguns deles não compartilham dessa mentalidade, o escritor afirma que Musk muda de comportamento. Embora assustadora, a falta de empatia do “modo demônio”, então, o ajuda a se concentrar em cumprir uma missão maior.

“Ele ficava sombrio e eu sabia que ele destruiria aquela pessoa”, afirmou Isaacson, acrescentando que esse tipo de situação ocorreu várias vezes quando Musk assumiu o controle do Twitter.

Musk demitiu mais da metade dos funcionários do Twitter após a compra da rede social no ano passado. Desde então, acumulou uma série de polêmicas com medidas anunciadas para tentar tornar a plataforma lucrativa e, mais recentemente, nomeou Linda Yaccarino para o posto de CEO.

Isaacson descreveu os ataques de Musk a alguns dos funcionários como “brutais”, mas revelou que o bilionário adota um “tom monótono” nesse tipo de situação. Se a pessoa absorve a lição, o bilionário parece se esquecer do ocorrido, como se tivesse uma espécie de dupla personalidade.

A biografia de Isaacson sobre Musk deve ser lançada em setembro. Segundo o escritor, que acompanhou a rotina do bilionário por cerca de dois anos, a ideia do livro é mostrar a complexidade do executivo e o equilíbrio entre o “modo demônio” e o trabalho feito por ele na Tesla e na SpaceX.

Na entrevista, Isaacson atribuiu o jeito do bilionário e sua disposição a correr riscos ao relacionamento com o pai, Erron Musk. “Elon Musk também deseja drama, tanto em sua vida pessoal quanto profissional. Ele é alguém se sente mais confortável quando enfrenta um furacão ou uma maré alta”, afirmou o escritor.

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