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Paisagismo dá mais vida e verde com espécies tropicais e regionais para o mirante Lúcia Almeida e largo São Vicente

Nos quatro pavimentos do complexo das primeiras obras do programa “Nosso Centro”, o mirante Lúcia Almeida e o largo de São Vicente, a Prefeitura de Manaus desfez uma das frases mais comuns entre os amazonenses: de que a cidade foi construída de costas para o rio Negro. A prefeitura fará a inauguração do complexo, às 17h desta quinta-feira, com entrada gratuita.

Ali, no início da 7 de Setembro, Centro, zona Sul, a construção é justamente para fazer referência ao rio e toda sua profundidade, banzeiros, nuances de cor, conforme a iluminação natural, o ir e vir de barcos de diversos tamanhos e a vista para a ponte Phelippe Daou, além do belíssimo pôr do sol.

Essa reconexão de amor às coisas vivas é um dos conceitos que na arquitetura se chama de biofilia. E, no mirante e no largo, elas foram complementadas pelo paisagismo, ampliadas pelo contato com a natureza por meio de diversas plantas.

Trazendo plantas e mais cores verdes, o complexo aproxima ainda mais as pessoas da natureza. O verde natural dá mais vida ao mirante e ao largo, com espécies escolhidas entre tropicais, resistentes, regionais e de fácil manutenção, além da beleza. O trabalho é assinado pela paisagista Sandra Nazareno.

Logo à frente do prédio se avistam as clássicas jiboias pendentes, dando leveza e fluidez ao espaço. Há dezenas delas espalhadas por andar.

Nos espaços nas laterais das escadas, os vasos de todos os tamanhos e alturas têm palmeira fênix, bromélia shiva, costela de adão e palmeira areka, entre outros. Internamente, eles têm forração de aspargos e samambaias, dando um toque mais tropical.

Junto aos bancos de madeira espalhados pelos andares, para o público curtir e contemplar o espaço, tem palmeira raphis em cachepôs.

“E, no largo, foram plantadas palmeira areka, filodendro Marta Rocha, dracena baby, agave furcraea, murta e dracena fita. E o jasmim manga vai ser plantado logo depois do evento, ao lado da fachada do prédio”, explicou Sandra.

O projeto arquitetônico é do Implurb e os recursos investidos são da prefeitura, com mais de R$ 60 milhões – incluindo o casarão Thiago de Mello e o píer turístico.

“Estamos entregando a maior obra de requalificação urbanística do centro de Manaus para a população da cidade. A obra está concluída, as operações estão nos últimos retoques e ajustes para atender moradores, visitantes e turistas de forma geral. Esse é o objetivo, ter um equipamento voltado para todos, que reabilitou um espaço antes abandonado, melhorando a qualidade de vida, e que vai expandir o turismo, lazer, esporte, cultura e bem-estar, além de aumentar a autoestima da população”, disse o diretor-presidente do Implurb, Carlos Valente.

O projeto

Um antigo edifício todo fechado, um bloco, que era apenas um depósito abandonado, foi reabilitado na primeira fase do programa “Nosso Centro” e agora será um marco para a população, atendendo diversas necessidades atuais, públicas e para todas as faixas etárias.

O mirante Lúcia Almeida foi construído em um terreno de mais de 2,4 mil metros quadrados, tendo quatro pavimentos, com a estrutura vazada para dar ampla vista para a paisagem natural que o cerca, o rio Negro. O prédio tem 58 metros de extensão e uma área construída de mais de 5 mil metros quadrados.

Quem chegar ao complexo pela clássica rua Bernardo Ramos vai passar pelo casarão Thiago de Mello e vai visualizar todo o largo de São Vicente e o mirante de frente.

Quem acessar pela própria avenida 7 de Setembro já vai dar de cara com o prédio e toda sua beleza, desde a cobertura sinuosa, estrutura vazada, arte urbana, áreas envidraçadas e tantos detalhes da reabilitação urbanística.

O largo de São Vicente tem mais de 3,5 mil metros quadrados, uma área construída do zero, com piso acessível e calçadas em pedra São Thomé. No largo ainda, tem um espaço exclusivo para os animais de estimação, um playpet, em área sombreada e debaixo de árvores para momentos de lazer com seus donos e tutores.

Projetos

E sem parar o trabalho, a prefeitura reabilitou o espaço antes ocioso, vazio, abandonado e até insalubre, dando uma nova visibilidade, função e vivacidade, construindo um território público com acessibilidade e equipamentos urbanos únicos para Manaus.

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