Pior momento do setor de educação ficou para trás, diz Cogna

Foram anos de aquisições e de expansão, processo que teve seu ponto alto na fusão entre a Kroton e a Anhanguera, em 2014. Agora, o desafio da Cogna, maior grupo de educação do país, é tirar vantagem dessa consolidação, que a colocou em todas as etapas do processo de educação – desde a fase inicial, por meio do método Anglo de Ensino e produção de material didático, até a fase profissionalizante e pós-graduação. Mas, para colher os benefícios dessa atuação extensa, é preciso conectar as etapas.

“Hoje somos uma empresa que tem várias soluções para educação, com pontos de sinergia em gestão, backoffice e financeira. Estamos partindo para uma segunda etapa, que é organizar o cross sell entre os produtos”, afirma Roberto Valério, CEO da Cogna. “Se eu conheço essas pessoas, tenho os dados, consigo vender um produto nosso ou de um parceiro” e em diferentes momentos da vida dessas pessoas, explica. Ou seja, aproveitar o acesso a públicos tão diversos e se tornar uma empresa de dados e analytics.

O conceito que está por trás da estratégia da Cogna não é difícil de entender. Se a companhia pode atender ao aluno desde o início de sua vida escolar, o que acontece quando ele tem entre seis e sete anos, por que não continuar atendendo esse aluno até o fim de sua jornada, passando pelo período de definição da profissão até a pós-graduação? A questão é que, para que isso funcione em uma estrutura tão ampla e complexa, é preciso, primeiramente, aprimorar o uso da imensa base de que a companhia dispõe.

A holding Cogna atende hoje a 22 milhões de estudantes. São 60 marcas, abrigadas em três frentes: Cogna (graduação e pós-graduação), Somos (soluções para escolas privadas do ensino fundamental) e Saber (editoras Ática, Saraiva e Scipione e a escola de idiomas Red Baloon). Entre o ensino fundamental e a pós-graduação, a empresa é forte no segmento de cursos preparatórios para vestibular e concurso – sendo que a última modalidade voltou a ter demanda após quatro anos parada, diante da retomada do programa de contratação de servidores pelo governo federal. Além disso, passou a oferecer cursos técnicos, profissionalizantes e de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

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