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Presos em Torres, empresários comandavam tráfico e mandavam executar rivais, diz polícia

A Polícia Civil gaúcha e catarinense, além do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), segue durante toda a manhã desta terça-feira (29) cumprindo 132 ordens judiciais, sendo 65 de prisões preventivas e temporárias, contra integrantes de um esquema criminoso que envolve dois irmãos empresários de Torres. Segundo a Delegacia local e o Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc), eles estariam por trás de toda a venda de drogas em pelo menos cinco cidades do Litoral Norte do Estado e Litoral Sul de Santa Catarina. 

Além disso, conforme a investigação, agiam por meio de um gerente, um apenado da Penitenciária Modulada de Montenegro, no Vale do Caí, para executar rivais. Eles teriam ordenado matar cinco pessoas em pouco mais de um ano. Ambos foram presos em apartamentos de alto padrão na praia Grande em Torres, sendo um deles de frente para o mar. Além disso tiveram bens apreendidos e contas bloqueadas. Também foram detidos um ex-policial militar e um advogado envolvidos nos crimes. Um dos principais suspeitos de atuar como executor do grupo também foi preso na cidade. 

Como o objetivo também é descapitalizar o tráfico feito por este grupo, ligado a uma facção criminosa gaúcha, as investigações terão prosseguimento para avaliar a movimentação financeira dos criminosos. Por enquanto, o alvo é tirar de circulação os suspeitos para conter a venda de drogas e os consequentes assassinatos.  

Sobre os supostos líderes, o titular da 2ª Delegacia do Denarc, delegado Rafael Liedtke, diz que os apartamentos foram avaliados, cada um, em R$ 1 milhão. A Justiça também autorizou o sequestro de seis veículos, sendo três deles que serão usados posteriormente e de forma provisória como viatura discreta da Polícia Civil. 

Um dos empresários, ambos não tiveram nomes divulgados porque a apuração continua, não tem imobiliária, mas atua em Torres e região vendendo, comprando e alugando imóveis. O outro é do ramo gastronômico e tem um restaurante na cidade. Segundo o que foi apurado, os dois determinavam a execução de desafetos e de traficantes de facção rival, justamente com o intuito de monopolizar a venda de entorpecentes nos pontos de vendas de drogas da região litorânea gaúcha e catarinense.

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