Omar Mohamed Ayoub Filho tem 33 anos, é publicitário formado na ESPM, começou a jogar tênis ainda na infância e, ao longo dos anos, foi se apaixonando pelo esporte à medida que evoluía e começava a se destacar nas competições. Jogou profissionalmente fora do estado e também fora do Brasil, tendo o pai, Omar Ayoub, que foi o 1º no tênis em MS, como principal influência.
“Desde quando eu era muito pequeno o tênis é presente na minha vida por causa do meu pai, que foi número 1 do estado. […] Ele sempre me apresentou o tênis muito cedo, eu me lembro de vir com ele ao clube com cinco, seis anos, assisti-lo jogar, brincar, também”.
Com a idade adulta, o peso de outras responsabilidades normais, como a “obrigatoriedade” de ter um curso de nível superior, começaram a bater à porta e, assim, Omar optou por se dedicar aos estudos e o tênis acabou ficando em segundo plano.
A virada veio há cerca de um mês e meio, quando Omar decidiu, após uma pausa de 12 anos, voltar a se dedicar ao tênis e tem conseguido alcançar bons resultados.
“Eu sou publicitário, fiquei 12 anos trabalhando nessa área e, há um mês e meio, decidi começar essa nova fase da minha vida, que é me dedicar e ensinar o que eu aprendi. Desde pequeno eu treinei tênis, cheguei a competir fora do Brasil, cheguei a morar fora de Campo Grande, com apenas 14 anos, sempre foquei a minha vida no tênis, e tive uma pausa longa, de 12 anos, e agora eu voltei, e graças a Deus que, em um mês e pouco depois que eu comecei essa nova empreitada, as portas foram abertas e as coisas deram muito certo.”
Omar Fala sobre sua volta ao tênis (foto: Wesley Ortiz)
Com relação ao que espera e ao que quer passar aos alunos, Omar fala não apenas como um profissional da área, mas também, com o coração de alguém que tem muito amor pelo esporte em questão e quer passá-lo adiante.
“Eu só tenho muita expectativa para um futuro muito bom nessa área, principalmente para conseguir levar um pouco mais de tênis para meus alunos, ensinar como é o tênis; tanto profissional, quanto amador; como dá para melhorar; como dá para ser feliz jogando tênis; como os resultados e as competições do tênis fazem muito bem para a nossa cabeça e para o nosso corpo, então estou muito feliz com esse novo projeto, e totalmente ansioso para o futuro que me espera”, adianta Ayoub.
Quem pode jogar tênis?
Segundo Omar, qualquer pessoa pode jogar tênis, e o esporte é bastante benéfico, por ser completo.
“O tênis é um esporte onde a gente tem camadas de níveis, mas é um esporte muito completo. A gente trabalha o corpo, a cabeça, membros superiores, membros inferiores, a todo momento você está movimentando e pensando em alguma coisa, então, é um esporte muito completo, e até ajuda as pessoas, independentemente da idade, a ter consciência corporal mais completa, a ter uma concentração e um foco maior, então, não só pode, como é indicado para qualquer idade”, afirma o professor.
Sobre a idade mínima recomendada, Omar afirma que é entre cinco e seis anos, “porque já tem uma consciência corporal um pouco melhor, uma altura um pouco maior. O material e equipamentos para a aula kids são menores, adequados à idade e tamanho. Eu, inclusive, tenho dois de seus anos que jogam o dia inteiro.”
Benefícios
Quanto aos benefícios, Ayoub explica que são variados. “Passam, em primeiro lugar, pela questão corporal, por ser um esporte com dinâmica muito alta, movimentação constante, você não para, sua perna sempre em movimento, você gira o tronco a toda hora, a gente trabalha muito o core, que é o centro de estabilidade do nosso corpo, o abdômen, a gente tá sempre girando, sempre indo e voltando, vai para frente, vai para trás, salta”, enumera.
Mas os benefícios não param por aí. A prática também é benéfica para a cabeça dos atletas.
“Primeiro é o corpo, isso é claro. Segundo, acho que a médio e longo prazo, é a cabeça. Tênis é um esporte que exige um foco e uma concentração muito altas, uma calma e uma tranquilidade. Ao mesmo tempo em que você está sendo muito intenso com as pernas, tem que ser muito calmo com a mente, e esse equilíbrio é muito difícil de fazer. E quanto mais você trabalha, mais leva para o seu dia a dia.”