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Atletas gays se escondem para sobreviver no esporte, diz novo presidente do Bahia

O Esporte Clube Bahia elegeu o ex-goleiro Emerson Ferretti, que é o primeiro presidente assumidamente gay de um clube brasileiro.

Por esse motivo, Ferretti lamenta que os atletas “precisam se esconder, se proteger, para sobreviver no esporte.”

“Isso é muito cruel, quantos atletas gays com talento desistem quando percebem que essa dificuldade?”, indagou.

“Precisamos naturalizar, futebol é um recorte da sociedade e é necessário falarmos do assunto”, completou.

Com passagens por Grêmio e pelo próprio Bahia, o ex-goleiro contou que não passou por um “processo solitário” de autoconhecimento.

“Eu tinha o sonho de ser jogador, mas, ao mesmo tempo, ser gay dentro do futebol era inaceitável”, contou.

Ele lembra que, quando começou a trajetória dele nos anos 80, “os tempos eram outros”: “Gay era visto como cidadão de segunda categoria, tinha muito preconceito na sociedade.”

Ferretti decidiu assumir a homossexualidade para “deixar legado fora de campo também, ajudar o futebol a evoluir.”

O ex-atleta elogiou o Bahia, que é um “clube inclusivo, que tem trabalho de ações afirmativas que virou referência.”

“A pauta social é muito importante, um dos nossos projetos é criar a Fundação Esquadrão, que vai atuar junto a sociedade, fortalecento o trabalho social”, completou.

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