Confiança dos brasileiros nas urnas eletrônicas ‘nunca se abalou’, diz Moraes
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou nesta quinta-feira (30) que, apesar dos ataques do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a confiança do brasileiro nas urnas eletrônicas “nunca se abalou”.
A declaração aconteceu após Moraes visitar o local onde está sendo realizado o teste de segurança das urnas. Ao longo desta semana, 35 pessoas, incluindo peritos da Polícia Federal (PF), estão colocando em prática planos de ataques para verificar a segurança do sistema eletrônico de votação.
“A confiança do brasileiro, da brasileira, nas urnas eletrônicas nunca se abalou. Nós tivemos no ano passado duas ou três pesquisas, feitas por entidades confiáveis, mostrando a confiança acima de 80% nas urnas eletrônicas”, disse.
Taxa de comparecimento à votação
Segundo ele, a maior prova disso foi o comparecimento maciço do eleitorado no pleito do ano passado. “Quem não confia, não comparece. E nós tivemos, no ano passado, a mesma média de abstenção [dos outros anos], em torno de 20%”, disse.
Outro ponto que ele destacou é que, em 2022, houve uma abstenção menor no segundo turno do que no primeiro. “Isso significa que o eleitor acredita na urna. Ele sabe que, ao apertar [o voto], é a sua vontade.” Segundo o ministro, a Justiça Eleitoral trabalha “sempre acreditando na confiança total das urnas eletrônicas”.
Eleições municipais de 2024
Moraes também afirmou que o teste realizado esta semana é uma importante etapa de preparação para as eleições municipais do ano que vem. Segundo ele, este ano, houve um recorde de inscrições.
“Até sábado, esses 35 especialistas tentam mostrar eventuais vulnerabilidades da urna eletrônica. E isso é muito importante em termos de transparência”, afirmou.
Para ele, esse processo é uma forma de o TSE demonstrar “transparência e eficiência”. “Essas pessoas vão cada vez mais contribuindo para que nós possamos nos aperfeiçoar e garantir, de dois em dois anos, que os nossos mais de 156 milhões de eleitores possam, com absoluta tranquilidade, serenidade, votar sabendo que o seu voto vai ser repercutido corretamente na urna e a sua escolha vai depois ser proclamada.”