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Dados de atividade econômica e emprego na Europa e nos EUA marcam volta do feriado

A volta do feriado no Brasil é marcada por mais indicadores econômicos no exterior. A começar pelo índice de gerentes de compras (PMI) composto do Reino Unido e pelos dados de emprego da zona do euro que saíram logo cedo nesta sexta-feira (03). Mais tarde, dados do mercado de trabalho e o PMI do setor de serviços dos Estados Unidos entram no radar. No Brasil, os investidores seguem acompanhando os “dilemas” da questão fiscal após um novo corte de juros feito pelo Banco Central.

Na última quarta-feira, houve quem se preocupasse com o tom que o BC adotaria em seu comunicado para anunciar a decisão monetária. Isso porque, recentemente, o presidente Lula minimizou a importância de zerar o déficit primário no ano que vem e “deixou no ar” que talvez isso não seja possível. O discurso foi diferente do que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vinha adotando e que animava o mercado. As falas do presidente, portanto, trouxeram cautela. Porém, mesmo com as preocupações de que o governo possa ter um comportamento menos “responsável” fiscalmente do que o previsto, o Banco Central manteve o corte de juros da Selic no mesmo ritmo dos anteriores.

Na agenda do dia, no entanto, o que está em foco é o exterior. A começar pela repercussão de indicadores vindos da Europa. Logo cedo, o indicador de atividade PMI do Reino Unido mostrou que, apesar de uma leve melhora, setores da economia seguem em retração.

O índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Reino Unido, que reúne dados do setor industrial e também de serviços, subiu levemente de 48,5 em setembro para 48,7 em outubro, de acordo com os dados da S&P Global e do CIPS. Já o PMI de serviços de setembro subiu de 49,3 para 49,5 e veio levemente acima do consenso dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, que esperavam uma queda a 49,2.

Apesar da leve melhora, os números seguem abaixo de 50, o limiar que separa o crescimento da contração e pedem atenção dos investidores em relação a essa recesão.

Nos Estados Unidos, o dia também é de agenda cheia. A começar pelo relatório das folhas de pagamento não agrícolas, o famoso “payroll”, de outubro, que será conhecido às 9h de Brasília. A divulgação traz o saldo líquido do número de novos postos de trabalho abertos, a taxa de desemprego e a participação na força de trabalho em outubro. Caso os números venham mais fortes do que o esperado, isso pode causar um ruído na bolsa, uma vez que mostra que a economia segue forte e, portanto, pode ter mais pressões inflacionárias.

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