Portal Realidade

Em BH, Carnaval é política: pré-candidatos à PBH fazem balanço da festa

Nascido de uma manifestação política, o Carnaval de Belo Horizonte – agora reconhecido em todo planeta – voltou para sua primeira essência. Em cima dos trios e com pautas politizadas, os pré-candidatos à Prefeitura da capital de Minas Gerais deram o pontapé para as campanhas que miram as eleições municipais deste ano, que serão realizadas em outubro.

Nas ruas, foliões clamavam por políticas públicas, melhorias nas cidades, diversidade e também tinham atos de protesto contra o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Na pauta política, o questionamento era outro: quem ganharia a paternidade do carnaval: o prefeito Fuad Noman (PSD) ou o chefe do executivo estadual.

O federal Rogério Correia (PT-MG), pré-candidato do Partido dos Trabalhadores e possivelmente a escolha do presidente Lula em BH, esteve nas ruas todos os dias.

Em conversa com o Estado de Minas, ele agradeceu o carinho recebido e afirmou ter ficado feliz ao ouvir alguns gritos em apoio à sua candidatura. “Agradeço a recepção calorosa e os elogios, especialmente pela minha atuação na CPMI do golpe em defesa da democracia. A prisão de Bolsonaro foi entoada em vários blocos que estive presente. Estou muito feliz por ser reconhecido e aclamado como pré-candidato a prefeito de Belo Horizonte, o que me encoraja para a tarefa designada pelo PT, como candidato do presidente Lula: ‘Lula lá, Rogério em BH’”, declarou.

Além de participar da festa, Rogério esteve em alguns pontos estratégicos para discutir questões relacionadas à cidade, como no Barreiro, onde falou sobre o metrô de BH, e nas periferias, onde defendeu o fortalecimento da festa em áreas democráticas.

“Foi um carnaval popular e sem dono. Este foi o recado do ‘Fora Zema’. A limpeza das ruas e praças pelas garis, o respeito às mulheres e à diversidade também melhoraram muito. Os ventos já não sopram para o ódio e o preconceito. São sinais das mudanças na política. Reclamações de ambulantes, cuidados com a dengue, espaços e cuidados especiais com idosos e ausência de banheiros mostram que também no carnaval Belo Horizonte pode mais.”

Esse foi também o pensamento da deputada Duda Salabert (PDT-MG), outra cotada para a prefeitura de BH, que discursou no trio do Abalô-caxi no domingo de carnaval e fez duras críticas ao governador Romeu Zema, ao prefeito Fuad Noman (PSD) e aos deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e estadual Bruno Engler (PL-MG).

Aos gritos de “prefeita”, a deputada foi bem recebida pelos foliões. Para o EM, Duda disse que seu carnaval foi maravilhoso. “Trouxe muita alegria e renda para a cidade e consagrou BH como um dos melhores carnavais do país. É uma vitória principalmente das milhares de pessoas que constroem durante o ano os blocos e escolas de samba de BH”, afirmou.

“A prefeitura infelizmente errou ao não dar o suporte necessário a essas pessoas que construíram essa linda e rentável festa. Errou também ao disponibilizar poucos banheiros químicos. Outra falha foi não criar uma política unificada de distribuição de água para os garis que estavam limpando as ruas no Carnaval. Em conversa com os garis, vi que algumas empresas terceirizadas estavam disponibilizando água, outras não. Cabia à prefeitura resolver esse problema, sobretudo porque o calor estava intenso”, concluiu.

você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.