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Estudantes da USP ocupam acesso à reitoria em dia de negociação sobre greve

Estudantes e professores grevistas da USP (Universidade de São Paulo) ocupam acesso à reitoria da instituição desde a manhã desta quarta-feira (4). No prédio, ocorre a terceira reunião entre representantes do movimento estudantil e a direção acadêmica.

Participam do encontro 11 alunos, o reitor, Carlos Gilberto Carlotti Junior e sua vice, Maria Arminda do Nascimento Arruda. Dos últimos, é esperada apresentação de uma proposta pelo fim da paralisação iniciada em 18 de setembro que pede a contratação de mais docentes nas unidades.

Estudante de moletom de capuz e mochila passa diante de entrada fechada; ao fundo, aparecem carteiras empilhadas
Carteiras e mesas empilhadas por estudantes do prédio da Matemática na USP, durante a greve de estudantes – Danilo Verpa – 28.set.2023/Folhapress

A marcha para a reunião, porém, já foi tumultuada. O grupo negociador dos grevistas chegou por volta das 10h e incluía Michele Schultz, da presidente da Adusp (Associação de Docentes Universidade de São Paulo), entidade docente que declarou apoio ao movimento.

A reitoria não aceitou a participação dela, o que gerou revolta entre os estudantes. “Deixa ela entrar”, gritavam.

Por fim, entraram somente os discentes.

“Não entendemos nada. Qual era o problema da minha presença? Eis a prova do autoritarismo do reitor”, diz Schultz à reportagem. “A pauta dos estudantes é a nossa pauta. A luta deles é nossa”, continua.

Na semana passa, uma reunião entre os líderes acadêmicos e a reitoria terminou sem acordo. Os gestores argumentaram que as reivindicações apresentadas pelos discentes são inacessíveis.

AS REIVINDICAÇÕES

Estudantes de todas as unidades da USP na capital aderiram à greve iniciada pela falta de professores na instituição. Agora, a pretensão dos articuladores é expandir o movimento a campi do interior paulista.

Na sexta (29), FEA (Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária), EEFE (Escola de Educação Física e Esporte), FOUSP (Faculdade de Odontologia) e FCF (Faculdade de Ciências Farmacêuticas) abraçaram o boicote a aulas após apoio majoritário em suas assembleias.

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