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Líder governista sobre reajuste de servidores: ‘prioridade é a educação’

Em meio às pressões da segurança pública de Minas Gerais por um reajuste salarial de 35,44%, o deputado estadual Cássio Soares (PSD), líder do bloco governista Minas em Frente, afirmou que a prioridade da gestão de Romeu Zema (Novo) é a recomposição da educação. A expectativa, segundo ele, é de que o Projeto de Lei 822/2023, que dá aumento de 12,84% aos professores, seja votado na semana que vem em plenário. 

“A recomposição salarial vai permitir ao Estado pagar o piso nacional para os professores e professoras da educação pública do Estado. Já vencemos as etapas das comissões e devemos votar em plenário na semana que vem. Será uma recomposição retroativa a 1º de janeiro de 2023. É uma ação que já era há muito tempo esperada pela classe, e o governo do Estado está conseguindo alcançar nesse momento”, afirmou Cássio Soares em entrevista ao quadro Café com Política, da FM O TEMPO. 

Apesar da fala, Cássio Soares ressaltou que as demandas das demais categorias, como a da segurança pública, são legítimas. Ainda assim, o deputado destacou as dificuldades fiscais do governo de Minas. “As demais classes merecem o reajuste, a reposição inflacionária. Mas, o Estado está estudando o que é possível, o que é capaz de realizar, para que aquilo que foi proposto seja cumprido. Num passado recente já aconteceu de o governo propor e não conseguir depois concretizar os reajustes”, disse. 

Ainda sobre a recomposição salarial dos servidores, Cássio Soares lembrou que a educação é protegida pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), enquanto a segurança precisa de custeio direto do Estado. Isso, segundo ele, dificulta os estudos da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). 

Atualmente, parte da segurança pública de Minas Gerais trabalha no regime de “estrita legalidade”, no qual as forças só trabalham em caso de ocorrências de destaque. Questionado se teme uma adesão da Polícia Civil ao movimento, Cássio Soares disse não acreditar nessa possibilidade. 

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