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No estado do Rio, Segurança Pública vira fogo cruzado na política

Numa mistura do que parece estar se tornando eixo de uma disputa política com vistas a 2024, e de fogo amigo de aliados do governador do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), a Segurança Pública se tornou hoje tema incandescente na relação do governo com a Assembleia Legislativa do Estado e com a Prefeitura da capital fluminense. Com o apoio do autodeclarado aliado Rodrigo Bacellar (PL), presidente da Alerj, está para ser criada, entre esta quarta-feira (11) e a próxima semana, a uma Comissão de Segurança Pública para fiscalizar as ações das polícias Militar e Civil e da Guarda Municipal.

Na Assembleia, deputados ligados ao setor, grande parte aliados do governo, já consideram realidade a CPI – e estão cobrando ações do governo, especialmente depois da execução de três médicos, na última semana, na Barra da Tijuca, e do sequestro da deputada estadual Lucinha (PSD). O próprio governador chegou a gravar um vídeo em que aprova a fiscalização da Alerj,  ao lado dos deputados Rodrigo Amorim (PTB), Filippe Poubel (PL) e Alan Lopes (PL), sobre atos da polícia. “Acho importante essa fiscalização nas ruas. Não tem com  governo ver tudo. Há muito erro em blitz”, diz Castro, em vídeo. A reação do governador gerou incômodo na cúpula da Polícia Militar.

O clima bélico da fiscalização pôde ser registrado em vídeo, na noite da última terça (10), em que o trio, que integra a Comissão de Combate à Desordem Urbana, já existente na Alerj, aparece discutindo, o primeiro deles, como um policial militar, o segundo com um guarda municipal, aos gritos, chamando para briga. Amorim já se lançou pré-candidato à prefeitura do Rio, com o apoio de Bacellar.

Depois do ocorrido na noite de terça, o prefeito Eduardo Paes (PSD), também pré-candidato à reeleição, recebeu guardas e policiais agredidos e pediu ação da Polícia Federal. O tumulto ocorreu durante a ação da Prefeitura do Rio para organizar o trânsito de carros em via exclusiva, na Avenida Brasil, Zona Norte da Capital Fluminense. Em seguida, telefonou para o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Andreu Rodrigues, que deve investigar suposto abuso de autoridade por parte dos parlamentares.

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