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Nova noite de tensão na França; bombeiro morre em combate a incêndios

Um bombeiro de 24 anos morreu no combate a incêndios em veículos na França, informou o ministério do Interior nesta segunda-feira (3). O governo francês voltou a mobilizar, nesse domingo (2), 45 mil agentes policiais para lidar com os protestos. Os tumultos duram quase uma semana. O presidente recebe hoje os presidentes do Senado e da Assembleia para tratar da violência nas ruas.

Segundo o ministro francês do Interior, o bombeiro morreu quando combatia o incêndio em um veículo na noite de ontem.

“Um jovem do Corpo de Bombeiros de Paris morreu, apesar da resposta rápida de sua equipe”, escreveu Gérald Darmanin no Twitter, acrescentando que o incidente ocorreu no “parque de estacionamento subterrâneo”.

Segundo o Ministério do Interior, na última noite foram detidas 157 pessoas. Três policiais ficaram feridos nos confrontos.

Sexta noite de confrontos

O país voltou a registar confrontos na noite passada. Em Lyon, foi preciso usar gás lacrimogêneo para dispersar um grupo de extrema-direita com cerca de uma centena de pessoas.

O presidente Emmanuel Macron deverá se reunir com os presidentes do Senado (câmara alta do Parlamento francês), Gérard Larcher, e da Assembleia Nacional (câmara baixa), Yaël Braun-Pivet.

Nesta terça-feira (4), Macron vai se reunir também com todos os presidentes de câmaras das cidades afetadas pelos confrontos.

Por outro lado, a primeira-ministra recebe os líderes dos grupos parlamentares.

Ontem, o presidente francês se encontrou à noite com vários ministros para avaliar a situação. Está prevista nova reunião dentro de 48 horas.

Histórico

A França vive quase uma semana de protestos violentos, motivados pela morte de Nahel, baleado terça-feira passada (27) por um policial durante operação de trânsito. O Ministério Público disse que o jovem dirigia na faixa dos ônibus, quando recebeu ordem para parar e não obedeceu. 

O governo francês voltou a mobilizar neste domingo 45 mil agentes policiais para conter os protestos. Em cinco noites, 5 mil viaturas foram incendiadas e quase mil edifícios públicos foram vandalizados.

Entre os incidentes registrados está o ataque à residência de Vincent Jeanbrun, presidente da Câmara de L’Haÿ les Roses, uma pequena cidade da região parisiense. O ataque ocorreu na noite de sábado.

Manifestantes arrombaram o portão da casa com um carro em chamas. A mulher e um dos filhos ficaram feridos ao tentar escapar dos agressores.

Jeanbrun denunciou a “tentativa de assassinato indescritível e covarde”. Uma investigação já foi aberta por tentativa de homicídio.

A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, foi ao local expressar a solidariedade do governo.

Elisabeth garantiu que o governo francês será mobilizado até a retomada da ordem e “não vai deixar passar nenhuma violência” impune.

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