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Presidente eleito da Guatemala acusa procuradora-geral de tramar golpe

O presidente eleito da Guatemala, Bernardo Arévalo (foto), disse nesta segunda-feira (18) que irá aos tribunais com o intuito de destituir a procuradora-geral Consuelo Porras, a quem acusa de orquestrar um golpe de Estado para impedir sua posse em janeiro.

O partido de Arévalo, primeira candidatura de esquerda a vencer no país centro-americano em mais de uma década, tem sido alvo de investigações do Ministério Público desde as eleições e foi inabilitado apenas oito dias após a vitória.

Para apoiar sua causa, o presidente guatemalteco convocou a população para marchar até o Supremo Tribunal de Justiça, onde apresentará formalmente um pedido de demissão da procuradora-geral. Arévalo pediu que os manifestantes tragam a bandeira nacional, azul e branca.

Diversos protestos têm ocorrido em várias partes do país, com milhares de apoiadores — em sua maioria ativistas, indígenas e estudantes — exigindo a saída não apenas de Porras, mas também dos procuradores Rafael Curruchiche e Cinthia Monterroso, além do juiz Fredy Orellana, acusados de envolvimento no suposto plano para impedir a posse do presidente eleito.

Na capital guatemalteca, centenas de indígenas do departamento (estado) de Totonicapán marcharam pelas ruas com apitos e trombetas de plástico. Os apoiadores de Arévalo afirmam que as manifestações continuarão até que os agentes públicos sejam destituídos de seus cargos.

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