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Canais de mídia necessitam ser centrais digitais para os fãs do esporte

Os direitos de transmissão adquiridos pelos canais de mídia contemplam a fatia mais generosa de faturamento na grande maioria das modalidades esportivas. Uma recente matéria do Lance! Biz mostrou que o Brasileirão gera cerca de R$ 2 bilhões por ano com as vendas destes direitos.

Além das elevadas cifras, outra característica do atual contexto é a pulverização dos detentores dos direitos. Antigamente, o Grupo Globo possuía a quase totalidade deles aqui no país, mas a entrada recente de novos competidores, especialmente as plataformas de streaming, mudou o panorama.
Diante deste cenário ultra pulverizado e competitivo, qual é a melhor estratégia para os canais de mídia se diferenciarem para os fãs do esporte?

O primeiro pilar estratégico é ser um provedor de conteúdos exclusivos. Tão cliché como desafiador nos dias de hoje, essa estratégia é o que vai levar o fã para o seu canal. Aqui não me refiro apenas às transmissões de jogos, mas tudo aquilo que é possível se criar ao redor do esporte.

Ontem mesmo vi que a ESPN está para lançar o documentário do Seu Waldemar, caso famoso do novo treinador anunciado em 2003 para comandar o Flamengo que gerou revolta imediata da torcida. Fizeram um documentário disso, pasmem! Isto porque, poucas indústrias geram tantas histórias como o esporte e talvez nenhuma engaje tanto como ele.

Além destes documentários, séries, podcasts e programas são outros integrantes importantes desta estratégia. Outra vertente recente, da qual sou fã de carteirinha, é a análise técnica dos jogos. Analistas especializados, muitos com certificado CBF, esmiuçam o jogo como nunca vimos aqui no país, levando o entendimento técnico e tático a um novo patamar.

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