Esporte universitário ganha espaço em Campinas
Após quatro meses de disputa, 117 jogos realizados e cerca de 1.500 atletas participantes, o Torneio Universitário de Campinas (TUC) teve seu encerramento no dia 3 de dezembro deixando uma impressão positiva. Neste ano, pela primeira vez a competição se desenvolveu com o apoio da Prefeitura, o que possibilitou um avanço na organização e gerou expectativas. Para 2024, já existe a possibilidade de o torneio ampliar o seu alcance e período de disputa, com os jogos se estendendo por todo o ano.
“Neste 2023 foi uma edição modelo e tivemos que limitar as inscrições e o número de modalidades”, diz Vitor Daronco Freire, um dos organizadores. “A ideia para o próximo ano é tentar abraçar, se não todas, pelo menos boa parte das atléticas de Campinas e região, com as competições começando em março ou abril e terminando em novembro”, completa, acrescentando que ainda existe a necessidade de um alinhamento do calendário antes de colocar a ideia em prática.
Lançado em agosto na Prefeitura, o TUC contou com a participação de 16 atléticas de seis universidades: PUC-Campinas, Unicamp, Esamc, São Leopoldo Mandic, Anhanguera e USF (Bragança Paulista). Foram quatro modalidades em disputa nas categorias masculino e feminino: basquete, handebol, futsal e voleibol. Os ginásios do Rogê Ferreira, Unicamp, Fonte São Paulo, Taquaral e Concórdia receberam as partidas. Na classificação geral, São Leopoldo Mandic terminou na primeira colocação. Os melhores de cada modalidade foram premiados.
A organização motivou os envolvidos, que neste ano se depararam com uma estrutura até então inexistente. “Comecei esse projeto em 2018 reunindo algumas atléticas. Na época, eu tinha acabado de me formar e era presidente da atlética de Educação Física da Unicamp”, conta Vitor, de 30 anos, dono da Freire Serviços Esportivos, empresa que surgiu a partir da ideia em organizar uma competição universitária em Campinas. Ele lembra das dificuldades enfrentadas. “Não havia espaço para a realização dos jogos e tudo acontecia na base do ‘boca a boca’. Muitas vezes, jogávamos nos horários destinados aos treinos”, conta, acrescentando que os custos assumidos pelas próprias equipes eram outro obstáculo. “Resolvi procurar a Prefeitura, pois uma competição que atraia o interesse de muita gente corria o risco de acabar.”
Diretor do Departamento de Esportes da Secretaria de Esportes e Lazer de Campinas, Ângelo Diniz, o China, conta que a Prefeitura abraçou a ideia. “Foi a oportunidade de direcionarmos um trabalho exclusivo para os jovens universitários. A Prefeitura assumiu os custos e a logística. O Vitor, a parte técnica”, detalha. Empolgado com o sucesso do evento, China projeta evolução. “A intenção é que o TUC ganhe corpo e se torne parte do calendário municipal. O esporte universitário é valorizado em várias cidades e Campinas precisa seguir nessa linha também.”
Motivado, Vitor prevê grandes disputas daqui para frente. “Agora, o torneio tem outro modelo e se tornou algo mais competitivo. Creio que fortes equipes estarão em ação nos próximos anos.”