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Ministério da Educação francês diz que dezenas de escolas receberam mensagens ameaçadoras e vídeos ‘impactantes’ de decapitação

Ao menos 30 escolas na região de Paris receberam mensagens ameaçadoras esta semana acompanhadas de vídeos de decapitações, informou o Ministério da Educação nesta quinta-feira. As ameaças seguem-se a uma onda de falsos alertas de bomba em diversos locais, incluindo instituições de ensino. Nesse contexto, o primeiro-ministro Gabriel Attal presidirá uma reunião nesta quinta sobre segurança escolar.

As escolas, principalmente de ensino médio, receberam “sérias ameaças” que contêm “justificativa e incitamento ao terrorismo”, disse um porta-voz da pasta à AFP.

As mensagens chegaram por meio de uma plataforma digital chamada ENT que serve como um meio de comunicação entre professores, alunos e pais, mas também por e-mails internos e no software Pronote, usado pelo Ministério da Educação.

Segundo a pasta, os investigadores trabalham para “identificar os perpetradores”, acrescentando que foi oferecido apoio psicológico às crianças e adultos que viram os “vídeos impactantes” das decapitações.

Segundo uma fonte policial, pelo menos cinco escolas secundárias do departamento de Yvelines, no oeste da região da Grande Paris, receberam ameaças de bomba entre quarta e quinta-feira. O agente explica que os autores “hackearam o endereço de e-mail de um estudante” para distribuir a mensagem e um vídeo de decapitação.

Já no departamento de Seine-et-Marne, a leste da capital francesa, uma escola de ensino médio recebeu uma mensagem dizendo que explosivos tinham sido escondidos por todo a instituição “em nome de Alá”, disse uma fonte policial .

As ameaças surgem após a recente onda de falsos alertas de bombas contra escolas, aeroportos e locais turísticos. Em outubro do ano passado, um islamista radicalizado esfaqueou até a morte um ex-professor na cidade de Arras, no norte da França.

Além disso, três adolescentes foram acusados de enviar ameaças semelhantes por meio da plataforma digital a várias escolas usando contas de alunos hackeadas, segundo o Le Monde. Eles não tinham quaisquer ligações com grupos terroristas e explicaram que a ação teria sido motivada por “adrenalina”.

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