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Polícia montada…de bike

Brasília foi concebida para carros. As avenidas largas e extensas que cortam a capital federal foram pensadas para grandes deslocamentos e estimulam o uso de automóveis. A canção Brasília, da banda Plebe Rude, retrata de maneira contundente o protagonismo dos veículos motorizados.

Versos como a “Capital da esperança (Brasília tem luz, Brasília tem carros)” e “A luz ilumina, os carros só passam” descrevem a rotina do brasiliense. Manter esse modelo urbano atualmente, contudo, é insustentável. E a saída é a mobilidade ativa. Incentivar o uso de transporte público e o deslocamento a pé ou de bicicleta.

Na cidade das “asas e eixos do Brasil” e que foi construída para o uso das quatro rodas é a segurança pública que reacende a esperança da mobilidade ativa na capital brasileira. Para garantir a segurança do brasiliense e dar mais agilidade no atendimento das ocorrências, a Polícia Militar do DF (PMDF) criou o patrulhamento de bicicletas em algumas regiões do Plano Piloto.

Foto: Afonso Ventania/ Jornal de Brasília

Para cobrir o Parque da Cidade, o maior parque urbano da América Latina, com 25 mil visitas diárias, 80 mil por final de semana, um efetivo de seis policiais militares percorrerá os 420 hectares de bicicleta. De acordo com o comandante do 1 Batalhão de Polícia Militar, o Pioneiro, tenente coronel Zairo Junior, os policiais ciclistas atuarão aos fins de semana. “O objetivo é integrar os modais de policiamento. Já temos a polícia montada e o policiamento motorizado em quatro e duas rodas”.

O militar acrescenta que a bicicleta oferece mais contato com o usuário do parque e, quando necessário, o fator surpresa nas abordagens. “A mobilidade da bicicleta e o deslocamento rápido oferecem mais eficiência ao policial. Além disso, podemos descentralizar o policiamento da área norte do parque, onde tem um posto policial fixo”.

As bicicletas foram compradas por uma ação conjunta entre a PMDF, a Administração do Parque da Cidade e alguns permissionários. As bicicletas foram compradas pelos empresários e doadas à corporação.

Para a empresária, Eudinice Almeida, o projeto proporciona uma maior segurança não só aos comerciantes, mas aos usuários. “A gente percebe uma maior sensação de segurança e os meus clientes gostam de ver os policiais por perto”, comemora.

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