Portal Realidade

Projeto leva robótica como ferramenta de ensino para escolas pernambucanas

Laboratório 7.0, projeto que visa incluir a tecnologia como uma ferramenta de mudança socialleva a robótica para escolas pernambucanas.

Iniciado em 2015, a proposta já passou por municípios como Itapissuma Igarassu, na esfera pública, além da Região Metropolitana do Recife (RMR) como um todo, no setor privado. Agora, o plano é integrar a metodologia para todo o Brasil, com o objetivo de impactar um milhão de estudantes até 2030.

O idealizador do projeto foi o empresário Raphael Gadelha, natural de Igarassu.  Nas vésperas do Dia da Escola, celebrado nesta sexta-feira (15), ele conta à Folha de Pernambuco que a ideia educativa surgiu ainda quando atuava como professor de informática para idosos. “A partir dessa experiência, o valor e apreço com a educação mudaram para mim. Isso abriu meus olhos para o ensino infantil e como deveria ser aplicado. O caminho ideal que a educação deveria seguir, respeitando a individualidade, o desenvolvimento de projetos e levando as dores deles para esses projetos”, afirmou.

O Laboratório 7.0 consiste na utilização da robótica como um braço da escola, em formato de disciplina. Nela, os professores poderiam explicar temas com maior dificuldade para os alunos, como matemática e português, com o auxílio da tecnologia. “Um monitor nosso sempre está a postos para auxiliar o professor, a partir da nossa abordagem, no uso da robótica. É um ponto de apoio para todas as disciplinas”, explicou Raphael.

Raphael Gadelha, idealizador do projetoRaphael Gadelha, idealizador do projeto. – Foto: Yrla Guedes

Ferramenta interativa
Segundo Raphael, o principal ponto do projeto é fornecer um ensino mais individual e especializado, voltado para o interesse dos estudantes. Dentre os temas abordados, estão atualidades, além de jogos, como Minecraft, por exemplo, muito popular entre crianças.

“Ao ganhar o interesse, trabalhar a formação humana e trabalhar outros aspectios, como matemática, português e física. A gente pode trabalhar educação financeira, empreendedorismo.  A proposta é trazer atualidades, gerar debates sobre a movimentação do mundo, e apresentar isso para essas crianças, que muitas vezes não têm essas informações Poder apresentar o mundo com a tecnolgoia como uma grande aliada, um grande meio de resgatar o que está mais perdido hoje em dia, que é o interesse do aluno. Temos um sistema de educação do século 20 para alunos do século 21“, destacou.

– PUBLICIDADE –

Como funcionam as parcerias
Na esfera pública, o projeto é levado para as cidades através de parcerias, por meio de licitações, com as prefeituras. Esse foi o caso de Itapissuma e Igarassu. Já no setor privado, a parceria é feita diretamente com as escolas para trazer o ensino para os estudantes. 

Apesar de atuar em ambas frentes, o foco principal, segundo o idealizador do projeto, é impactar os alunos das escolas públicas. “Muitos desses estudantes não possuem convívio próximo com a tecnologia. Muitas vezes não têm televisão e, em alguns casos, já vimos até quem não tinha o que comer em casa. Com o projeto, geramos um interesse que facilita e desenvolva o aprendizado daquela criança“, completou.

A “Rota do milhão”, como ficou intitulada a tentativa de impactar mais jovens, começa a partir deste ano. O projeto viaja para as cidades, por meio de dois laboratórios móveis, que servem como espécies de amostra do trabalho que eles têm a oferecer. Assim, de cidade em cidade, o projeto é levado em busca de parcerias para aumentar a rede de alunos.

você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.