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Quer investir em ações do setor de saúde? Calma lá. Antes, confira os alertas de analistas

As empresas do setor de saúde devem mostrar resultados fracos no primeiro trimestre, enfrentando uma sazonalidade negativa, ambiente de capital de giro pressionado e maiores glosas, segundo o BTG Pactual.

Em relatório, a equipe de analistas do banco pondera sobre as mudanças no setor e quando devem começar a aparecer nos balanços. Por ora, no entanto, o investimento nas ações de empresas de saúde pode levar a perdas, motivadas pela frustração do mercado com os resultados do primeiro trimestre deste ano. Isso porque as melhorias só devem aparecer mais para frente.

Para quem investe em ações com estratégias de ganhos no curto prazo, os próximos meses podem ser decepcionantes nesses papéis, caso o cenário do BTG se confirme.

Mas investidores de bolsa com estratégias de carregar posições no médio e longo prazos que topem passar por mais volatilidade, mas enxerguem fundamentos para o crescimento desses negócios, estes estão diante de uma oportunidade.

“Esperamos que as medidas de austeridade implementadas no setor deem resultado nos próximos 12 a 18 meses”, comentam. Neste cenário, Hapvida e Rede D’Or devem ser destaque, com crescimento substancial de Ebitda (o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e lucro.

Os analistas Samuel Alves e Yan Cesquim escrevem que a sinistralidade das companhias ainda deve continuar em tendência de queda, impulsionando os resultados, e mantendo os balanços robustos.

A competição menos acirrada no setor após a venda da Amil deve reduzir a perda de beneficiários, de acordo com os analistas do BTG Pactual, mas mesmo assim as principais operadoras de seguros ainda devem ter desempenho negativo neste quesito.

O Bank of America (BofA) ainda espera que os planos de saúde realizem reajustes maiores em 2024, mantendo a tendência de melhora operacional do setor, também tendo como base a redução da sinistralidade nos planos de saúde.

Para Hapvida e SulAmérica, o BofA estima que o reajuste nos preços permitirá que a sinistralidade das companhias volte aos níveis históricos de 68% e 80%, respectivamente.

No caso da Amil, o banco acredita que a empresa deve realizar reajustes maiores do que a média do setor, visto que a empresa apresentou prejuízo de R$ 4 bilhões no ano passado.

O BofA mantém a sua recomendação de compra para Hapvida, com um preço-alvo de R$ 6, e permanece com recomendação neutra para Rede D’Or, com preço-alvo de R$ 29.

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