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Sudão tem mais de mil mortos e quase 12 mil feridos em conflito

Pelo menos 1.073 pessoas morreram e mais de 11.700 ficaram feridas no Sudão, nos dois meses de conflito entre duas forças militares pelo poder, anunciaram nesta segunda-feira (19) as Nações Unidas (ONU).

A prestação de cuidados de saúde no país torna-se cada vez mais difícil, já que poucas unidades funcionam plenamente, alertou a organização em comunicado divulgado na sua página oficial.

“Pacientes e profissionais de saúde receiam pela segurança e não chegam aos hospitais devido aos ataques às instalações, aos bens e aos funcionários”, detalhou a ONU.

O número de sudaneses que procuram refúgio na região “é o mais alto da década”, com os combates intensos a obrigarem, desde 15 de abril, 2,5 milhões de pessoas a abandonar as suas casas.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) registrou mais de 1,9 milhão de deslocados internos, aos quais se devem somar cerca de 550 mil pessoas que fugiram para o exterior desde o início do conflito entre o Exército sudanês e as Forças de Apoio Rápido (RSF), uma organização paramilitar, que lutam pelo poder no Sudão.

Só nesse fim de semana, cerca de 15 mil pessoas entraram no território do Chade devido à violência persistente na região de Darfur, um dos principais focos de tensão no Sudão.

O diretor regional da OIM, Othman Belbeisi, alertou que as necessidades humanitárias já atingiram níveis “alarmantes” e, por isso, a ONU pediu mais recursos para ajudar a população carente dentro e fora das fronteiras do Sudão.

Cerca de metade da população, mais de 24,7 milhões de pessoas, necessita de assistência e Belbeisi apelou a todas as partes para que permitam a distribuição dessa ajuda.

A ONU prevê um agravamento geral das estatísticas, por exemplo na população que enfrenta a fome.

Se em 2002 já havia 11,7 milhões de pessoas no Sudão em situação preocupante de insegurança alimentar, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) prevê que 2023 será ainda mais sombrio.

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