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Unila em greve, estudantes querem mais professores e qualidade no ensino

Hoje, 11 de outubro, a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) encontra-se em estado de greve, uma medida tomada em resposta à carência crônica de docentes e à busca por melhorias no sistema educacional. A mobilização foi decidida em uma Assembleia Geral Extraordinária convocada pelo Diretório Estudantil Latino-Americano (DELA).

A raiz da greve reside na grave falta de professores que afeta a UNILA há anos. A situação é particularmente crítica no curso de Serviço Social, que atualmente conta apenas com seis docentes para atender a uma demanda de 306 alunos. Isso tem levado a uma série de problemas, incluindo a não oferta de disciplinas obrigatórias, atrasos na formação acadêmica e a ausência de orientadores para estágios e trabalhos de conclusão de curso.

No entanto, o problema não se restringe ao curso de Serviço Social e afeta diversas áreas, incluindo Administração Pública e Políticas Públicas, Biotecnologia, Desenvolvimento Rural e Segurança Alimentar, além de grande parte das licenciaturas. Em resumo, a UNILA carece de aproximadamente 200 professores para atender adequadamente às necessidades dos cursos.

Os estudantes optaram por convocar a greve como uma forma de pressionar o Ministério da Educação e as autoridades governamentais para que atendam à demanda por mais docentes na UNILA. A falta de professores tem impactado negativamente a qualidade do ensino, a pesquisa e a extensão na instituição, levando a altas taxas de evasão e absenteísmo, principalmente de estudantes carentes que não têm acesso a um Restaurante Universitário que garanta sua segurança alimentar.

Além da escassez de docentes, os estudantes também denunciam casos de assédio e opressão que ocorrem nos campi da UNILA, tornando urgente a necessidade de ações para melhorar o ambiente acadêmico e promover uma universidade pública de qualidade.

As reivindicações dos estudantes incluem:

• Contratação emergencial de professores de acordo com as necessidades dos cursos;
• Instauração de Restaurante Universitário acessível a todos os estudantes;
• Oposição ao Arcabouço Fiscal proposto por Lula/Alckmin;
• Construção de uma UNILA que atenda às necessidades da classe trabalhadora.

Os estudantes da UNILA convocam não apenas discentes, mas também docentes, técnicos administrativos, terceirizados e cidadãos afetados pela situação da universidade a se juntarem a essa luta em busca de uma educação pública de qualidade. A greve permanecerá por tempo indeterminado, e os estudantes afirmam que continuarão mobilizados até que suas demandas sejam atendidas.

A UNILA enfrenta desafios significativos, e a greve é uma tentativa de chamar a atenção para essas questões críticas e garantir um futuro melhor para o ensino superior na instituição.

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