‘Inverno no verão?’: conheça a cidade de Minas Gerais que registrou a menor temperatura do Brasil nesta madrugada
Em meio às altas temperaturas nesse pós-Carnaval com eventuais pancadas de chuva em alguns locais do Brasil, uma cidade de Minas Gerais, a cerca de 481 km de Belo Horizonte, chamou atenção, na madrugada desta segunda-feira, pelo fenômeno e clima atípico em meio ao verão nacional.
Em Monte Verde, em Camanducaia, no Sul de Minas, os termômetros registraram 11,7°C, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Assim, a cidade garantiu o lugar mais alto no pódio das mais frias nesse determinado período. Logo atrás, vem Bom Jardim da Serra, em Santa Catarina, com 12°C. Já o terceiro lugar, é ocupado por outra cidade mineira, Maria da Fé, que entra na lista com 13,9°C.
A história de Monte Verde começa quando chega à região um grupo de imigrantes da Letônia, país do Leste Europeu, que já havia se estabelecido no Brasil em 1913, em São Paulo. Segundo relatos dessa comunidade, alguns letos que estavam em solo nacional enviavam notícias muito boas do Brasil para a Europa, com detalhes sobre uma capacidade de plantio e colheita muito diferente da vivida pelos parentes no Velho Continente.
Com o passar do tempo, o grupo insatisfeito com o solo paulista, foi em busca dos Campos do Jaguari, um lugar que seria mais condizente com os desejos e sonhos da comunidade que viria a se estabelecer ali.
O nome “Montes Verdes” é uma homenagem ao local e uma tradução do sobrenome dea família imigrante que povoou o distrito: os “Grinberg”, que em alemão é “Grün Berg”, ou seja, Monte Verde, em português. Segundo informações oficiais, a fazenda começou a se tornar uma cidade em 1954, com a venda do primeiro lote urbano. Hoje, conta com 21.844 habitantes e uma área de 5258,476 km².
No entanto, o clima, de acordo com um dos primeiros moradores, já foi mais frio. Em entrevista a um portal local, Verner Grinber, o homem que nomeou a cidade, disse que já viu nevar duas vezes em Monte Verde e também presenciou temperaturas negativas na década de 60.
Atualmente, o local tem forte vocação para o turismo de aventura, com diversas trilhas para todos os níveis de exploradores, caminhadas, excursões e a tradicional agricultura familiar.