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Policiais são feitos reféns em protesto de detentos no Equador

Os detentos de uma penitenciária em Cuenca, no Sul do Equador, sequestraram 57 guardas e agentes da polícia em um protesto contra a transferência de presos para outras prisões, informou o ministro do Interior, Juan Zapata.

“Estamos preocupados com a segurança dos nossos agentes”, afirmou Zapata, em um dia marcado pela explosão de dois carros-bomba em Quito. As explosões não deixaram vítimas.

Na quarta-feira (30), centenas de soldados e policiais realizaram uma operação de busca de armas, munições e explosivos na prisão de Latacunga (sul), uma das maiores penitenciárias do país.

Inicialmente, o Servicio Nacional de Atención Integral a Personas Adultas Privadas de Libertad (Snai), a administração penitenciária do país, considerou a tomada de reféns em Cuenca uma possível represália pela intervenção das forças armadas em Latacunga, mas, posteriormente, as autoridades indicaram que o sequestro era um protesto contra a transferência de presos para outras penitenciárias.

Grupos ligados ao narcotráfico travam uma guerra pelo poder nas prisões equatorianas, que se tornaram centros de operações.

Os confrontos entre grupos de presos são frequentes. Desde 2021, cerca de 430 reclusos já morreram no Equador.

Diante desta onde de violência entre organizações ligadas aos cartéis mexicanos e colombianos, o presidente do Equador, Guillermo Lasso, declarou, em 24 de julho, estado de emergência em todo o sistema prisional durante 60 dias, permitindo com esta medida colocar o Exército nas cadeias. 

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